Aldeias de Memória

Várias foram as palavras de incentivo para aqueles que em mais uma jornada se dirigiram a Soito da Ruiva para a acção de limpeza da piscina.

Seguem as palavras encorajadoras enviadas pelo Senhor Manuel Fontinha, autor do livro sobre a Aldeia, para serem proferidas durante a viagem.

O fogo que em 21 de Julho de 2005 destruiu tudo em Soito da Ruiva, deixando o limite em cinza, fez com que em 30 de Outubro do mesmo ano, uma tromba de água de grande dimensão levasse tudo o que encontrou pela frente, inundando as próprias casas e a piscina da aldeia, que não podia escapar à tragédia, ficou cheia de cascalho e pedras de grande dimensão, dando a ideia que nunca mais seria possível recuperá-la.

A direcção da CMSR entendeu que seria bom tentar resolver o problema levando o pessoal que está na zona de Almada e Lisboa e para isso organizou uma excursão nos dias 1,2 e 3 de Maio, com cerca de 60 pessoas, que com grande entusiasmo deitaram mãos à obra deixando-a quase pronta.

«Foi a 30 de Outubro
Uma tromba de água levou
Tudo o que havia pela frente
E a piscina inundou
Dava pena olhar para ela
Parecia impossível a recuperação
Toda a gente dava ideias
Ninguém dava solução
Mas a direcção da Comissão
Pensou não mais esperar
Organizou uma excursão
Levando pessoal para trabalhar
Os dias 1,2 e 3 de Maio
Foram dias de alegria
Cerca de 60 pessoas
Lutaram com valentia
A piscina ficou limpa
Com muito trabalho é certo
Pois o que estava tão longe
Felizmente está tão perto
Todos mostraram alegria
Apesar de muito cansados
Por recuperarem uma relíquia
Dos nossos antepassados
Cansados mas com alegria
Foi o que todos sentiram
Por prestarem uma homenagem
Aqueles que a construíram»