Chãs d’Égua
Ana Carmo Sousa
Ana Carmo Sousa
Ana do Carmo Moreira de Sousa nasceu em Chãs d’Égua a 19 de Fevereiro de 1929.
O pai era Manuel Sousa da Silva e a mãe Maria José de Sousa. Trabalhavam no campo. Mas o pai teve que migrar muitas vezes. A mãe ficou em Chãs d’Égua. Tiveram sete filhos.
Aos 7 anos começou a fazer o correio. “Levava um saquinho com uma fechadura e ia levar ao Piódão”. Ia buscar lenha a todos os outeiros à volta de Chãs d’Égua, com um bocado de pão e conduto para lá comer.
Só aos 9 anos é que veio uma professora de Coimbra e começou a dar aulas a rapazes e a raparigas. Depois veio outra professora que a levou à terceira classe e passou-a. Preparou-a para também passar para a quarta, mas Ana tinha que levar os ovos à Covilhã. Depois só fez a quarta em Coimbra.
Começou com 10 anos a levar ovos à Covilhã, até aos 31 anos.
À luz do candeeiro a petróleo fez muitas peças de roupa, para as pessoas da aldeia.
Saiu de Chãs d’Égua aos 35 anos. Foi em 1964. Esteve quatro anos em Coimbra, dois no Porto e dois em África. Foram oito anos. Em Coimbra e no Porto estava numa congregação religiosa e depois foi para África. Era as Religiosas do Amor de Deus. Trabalhou de costura e ensinou.
Em Março de 1972 regressou a Portugal, foi para Sintra, para uma colónia de férias, até Setembro. Até que a irmã foi com ela a uma fábrica de cerâmica em Lisboa e ficou lá, durante 19 anos. Ao fim desse tempo, voltou para Chãs d’Égua, o pai estava à sua espera. Começou a trabalhar na agricultura.
Vídeos
Áudios
- “Foram ali para as Astúrias” Ascendência
- “Uma menina que se soube orientar” Ascendência
- “O viver da minha mãe” Ascendência
- Canções de mãe Ascendência
- “Deixe-me ir fazer o correio” Infância
- “Fui buscar lenha a todos os oiteiros” Infância
- Uma viagem com muitas lembranças Infância
- “Tínhamos uma bola para jogar” Infância
- “Andar com os outros meninos era uma festa” Infância
- Casa de província Casa
- Cozinha de antigamente Casa
- “O comer era feito na lareira” Casa
- Tempos de escola Educação
- “Escola feita pela povoação” Educação
- Uma aluna aplicada Educação
- Ajudar na capela Religião
- “Do Santíssimo é que temos que tratar melhor” Religião
- “Saí de cá aos 35” Migração
- Missionar África Migração
- “Vim de boa vontade” Migração
- Frutos da terra Lugar
- Transformar o milho Lugar
- Lembranças do centeio Lugar
- Trabalho às escuras Lugar
- “Gosto da serra” Lugar
- “Aproveitavam-me sempre para a costura” Ofício
- “A primeira coisa que fiz” Ofício
- “Muitos trabalhos para se fazer” Ofício
- Regresso a Portugal Percurso profissional
- “Dormia com o cesto à cabeça” Percurso profissional
- Expandir o negócio Percurso profissional
- Dois dias de caminho Percurso profissional
- “Eu era oveira, não era galinheira” Percurso profissional
- O descanso das oveiras Percurso profissional
Textos
- Manuel Sousa da Silva e Maria José de Sousa Ascendência
- “O viver da minha mãe” Ascendência
- As cantigas da mãe Ascendência
- A avó Ascendência
- “Fazer o correio” Infância
- “Os garotitos” Infância
- Um sarrão Infância
- “Um punhado de milho” Infância
- Pãozinho com quatro quartos Infância
- A recordação Infância
- O coelho que é uma lebre Infância
- A casa da minha mãe Casa
- Uma escola só para rapazes Educação
- Do elogio ao medo Educação
- Enfeitar a capela Religião
- “Nunca mais tivemos missa” Religião
- Juventude Agrária Católica Religião
- As paisagens Lugar
- Ovos à Covilhã Percurso profissional
- O freguês espanhol Percurso profissional
- As companhias Percurso profissional
- “Foi tempos de sacrifício” Percurso profissional
- Costurar à luz do candeeiro Percurso profissional
- As batas Percurso profissional
- As Religiosas do Amor de Deus Percurso profissional
- Na cerâmica Percurso profissional
- O regresso Percurso profissional
- Poder trabalhar Sonhos