Monte Frio
José Francisco Marques
José Francisco Marques
José Francisco Marques, natural de Monte Frio, nasceu em 5 de Março de 1924. Filho de António Francisco e Maria dos Anjos Marques. Ambos eram trabalhadores rurais. Tiveram três filhos, José foi o primeiro.
Com 7 anos começou a ajudar os pais, a guardar as ovelhas, enquanto estes andavam na fazenda, e a tomar conta dos irmãos mais novos. “Os brinquedos eram uma foice roçadoura para cortar mato para deitar aos animais e uma foice para ceifar erva para deitar às ovelhas.”
Aprendeu com um senhor da terra, “ele tinha realmente umas luzes e ensinava”. Foi para a escola em 1933, com 9 anos, logo para segunda classe. Em 1935, com 11 anos, fez o exame da quarta.
Andou 33 meses na tropa e em 1939 foi embora da aldeia para Lisboa, para casa de um tio.
Regressou para a aldeia, no tempo da guerra. Trabalhou na estrada, “na primeira estrada que se fez no Monte Frio”. Mas quando acabou a estrada não havia nada, teve de ir para Lisboa. Trabalhou para a Sociedade Industrial Farmacêutica, foi moço de farmácia. Mais tarde foi trabalhar numa estação de serviço, na Garagem de Santa Luzia e depois para a General Motors, em 1962.
Quando começou a namorar estava em Lisboa e a esposa no Monte Frio. Conheciam-se “desde o princípio”. O namoro foi feito por cartas. O casamento, católico, realizou-se no Monte Frio. Passaram mais de dez anos de casamento até que o filho nasceu, em Lisboa.
José Francisco Marques faleceu a 3 de Maio de 2013.
Áudios
- “Trabalhadores rurais” Ascendência
- A ajudar desde pequeno Infância
- “Era uma casa primitiva” Casa
- “Logo para a segunda classe” Educação
- Dois anos na escola Educação
- Queria que eu puxasse pelo cérebro Educação
- Escrever na ardósia Educação
- Escola em casa cedida Educação
- Exame Educação
- Fazer o queijo Costumes
- Beber leite das cabras Costumes
- Carne na salgadeira Costumes
- Conservar a carne Costumes
- A matança do porco Costumes
- Matança do porco - “Dava muito trabalho” Costumes
- Aguardente Costumes
- Alambique comunitário Costumes
- Festa da aldeia Costumes
- Aguardente como remédio Costumes
- “Havia missa todos os domingos” Religião
- Vida difícil Migração
- “Aqui não havia futuro” Migração
- “Uma moeda de prata” Migração
- Casas da malta Migração
- Até Vila Franca de Xira Migração
- Onde havia água começaram as povoações Lugar
- Tínhamos de ir à água Lugar
- “Os animais eram nossos amigos” Lugar
- “Havia para aí muitos lobos” Lugar
- Electricidade e televisões Lugar
- Não passavam fome porque cultivavam Lugar
- O enfermeiro José Augusto Lugar
- Sem estradas Lugar
- “Ela o dá, ela o come” Lugar
- O que ver em Monte Frio Lugar
- Casamento católico Casamento
- “Aquilo era muito complicado Percurso profissional
- Moço de farmácia em Lisboa Percurso profissional
- A montar pneus Percurso profissional
- A montar vidros Percurso profissional
- “Em vez de corrigir defeitos, evita-os” Filosofia de vida
- “Viver, educar o meu filho e pensar no futuro” Sonhos
- “Acho muito bem” Avaliação
Textos
- António Francisco e Maria dos Anjos Marques Ascendência
- Em Lisboa Descendência
- “Os animais eram nossos amigos” Infância
- Lobos Infância
- Não havia tempo para brincar Infância
- “Uma casa já primitiva naquele tempo” Casa
- “Construída de novo” Casa
- “Fiquei logo na segunda classe” Educação
- “A professora queria que eu puxasse pelo cérebro” Educação
- “Ainda tenho o diploma da quarta classe” Educação
- “As últimas aulas que lá deram foi em 1987” Educação
- A procissão de Monte Frio Costumes
- A matança do porco Costumes
- “Era dos mais novos” Religião
- “Quem é que percebia o latim?” Religião
- “Eu e a outra rapaziada aventurámo-nos” Migração
- “A viagem demorava a quase um dia!” Migração
- A água Lugar
- “Não tinham dó dos pobres naquele tempo” Lugar
- Alambiques comunitários Lugar
- “Pessoas que estudaram e aprenderam com os antecessores” Lugar
- “Presentemente já não estamos isolados” Lugar
- Cartão de Visita Lugar
- “Valentões de Monte Frio” Lugar
- “Namorávamos por cartas” Casamento
- “Fiz sempre por ser perfeito” Ofício
- “Fiquei montador de vidros das portas” Ofício
- “Trabalhar para aquecer, não!” Percurso profissional
- Moço de Farmácia Percurso profissional
- Verificador de automóveis Percurso profissional
- Ao serviço da General Motors Percurso profissional
- “Pensar sempre no futuro” Sonhos
- “Que se recolham coisas acertadas” Avaliação