Monte Frio
Maria Assunção Duarte
Maria Assunção Duarte
Maria da Assunção Duarte nasceu no Monte Frio, há 73 anos. Os pais António Francisco Duarte e Silvina da Conceição trabalhavam na fazenda e daquilo viviam. “Às vezes, para fazer um dinheirito para a vida deles, vendiam uns queijitos, um bocadinho de enchido ou um presunto.” Maria da Assunção e os cinco irmãos não podiam brincar, “não havia tempo também para isso, porque cada um tinha a sua tarefa”. Ainda foi à escola na parte do Inverno, mas chegado o Fevereiro saiu, “tinha que ajudar os pais na fazenda”.
Aos 18 anos começou a namorar, no entanto, “nem toda a gente aprovava”. Com a permissão do pai casaram na capela do Monte Frio, há 53 anos, num dia de nevoeiro e chuva. Depois de casada ficou no Monte Frio e teve dois filhos. O marido “só cá vinha, às vezes, passar uns dias por altura da festa ou quando era preciso”.
Quando a filha tinha 6 anos, partiram para Lisboa, onde trabalhou numa pensão e nas limpezas. Depois de ter uma trombose, reformou-me por invalidez. Regressou para Monte Frio quando o marido se reformou.
Vídeos
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- Broa de milho Costumes
- “Havia aqui e além uma espiga preta” Costumes
- Tigelada com pouco açúcar Costumes
- “Só pela festa é que me deixavam ir ao baile” Costumes
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- Lobisomens Lugar
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- “Por alcunha chamavam-no barbeiro” Lugar
- “Eu trabalhava tanto” Percurso profissional
Áudios
- Trabalho na fazenda Ascendência
- Recordações do meio-irmão Ascendência
- “Cada um tinha a sua tarefa” Infância
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- O dia da matança do porco Costumes
- Milho - “Quando aparecia uma espiga preta” Costumes
- “Vesti um vestidinho branco” Religião
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- “Comecei a namorar tinha 18 anos e pouco” Namoro
- “Nem toda a gente aprovava” Namoro
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Textos
- António Francisco Duarte e Silvina da Conceição Ascendência
- Mãe de filhos e netos Descendência
- “Fruto do nosso trabalho” Infância
- “Guerreávamos uns com os outros porque um fazia o trabalho melhor que o outro” Infância
- “Queriam-me a mim para guardar o gado” Infância
- “Dava-lhe o cheiro do lobo” Infância
- Leitinho com broa nos púcaros da resina Infância
- Casa caída, casa erguida Casa
- “Era uma escola até bem boa” Educação
- Festa do Milagroso Bom Jesus Costumes
- “É bom de fazer, a tigelada!” Costumes
- Matança do Porco Costumes
- “Corria a roda a dar um beijinho e um abraço!” Costumes
- “Na primeira caca de animal que apanhassem era onde se transformava!” Costumes
- “Aquilo era lindo...” Religião
- “Estive seis anos sem vir a Monte Frio” Migração
- “As pessoas curavam-se umas às outras” Lugar
- “Havia gente necessitada” Lugar
- “Chupa-Quartilhos” Lugar
- “Fui para Lisboa, mas gosto mais de viver no Monte Frio” Lugar
- “O único que não se importava era o meu pai” Namoro
- “Teve de pedir dinheiro emprestado para se casar” Casamento
- “Foi uma amiga minha que me arranjou” Percurso profissional
- “Queria que os meus filhos vivessem melhor” Sonhos
- “Nunca se divulgou as nossas vidas” Avaliação