Mourísia
Etelvina Eduardo
Etelvina Eduardo
Etelvina Gonçalves Eduardo nasceu a 5 de Outubro de 1935 em Almada. O pai chamava-se Albano Eduardo e a mãe chamava-se Maria José. Tiveram sete filhos: seis raparigas e um rapaz. O pai trabalhava com carroças, enquanto a mãe “lavava a roupa dos filhos todos”.
Etelvina foi criada entre Almada e a Mourísia. Recorda o trabalho do campo, na casa e na floresta e as brincadeiras com rapazes e raparigas, o jogo do lenço, do raminho e do anelzinho.
A mãe ainda a meteu na escola, mas depois tirou-a, com 7 anos, para ir guardar duas meninas.
Não teve tempo de aprender a escrever o nome, só aprendeu mais tarde, depois dos 40 anos.
Regressou a Lisboa, até aos 14, 15 anos, para o pé da irmã mais velha, que considera uma mãe. Enquanto a irmã vendia na praça, Etelvina ia levar o comer ao pai. Quando voltou para a Mourísia, trabalhou na floresta.
O marido já o conhecia da terra, entretanto apaixonaram-se. Etelvina diz terem “nascido um para o outro”. Das danças nos bailes surgiu o namoro, de dois ou três meses, e o casamento, no dia 2 de Maio, tinha então 24 anos.
Viveu em Lisboa, trabalhou em “casa de senhoras a lavar roupa ao tanque, esfregar-lhes a casa de rabo para o ar com palha-de-aço, dar cera e limpar o pó”, na Escola Técnica, e no Alfeite. Depois de 29 anos, voltou para a Mourísia, onde se sente bem.
Vídeos
- O “albardado” da mãe Ascendência
- Jogos e brincadeiras Infância
- A chincha Infância
- “Agora não sabem nada” Infância
- “Quartos eram muito pequeninos” Casa
- “Não aprendi nada” Educação
- O dia do pinheiro do gato Costumes
- O carolo Costumes
- “Arroz de fressura” Costumes
- O Dia de Todos-os-Santos Costumes
- A festa Costumes
- “Morávamos num quarto” Migração
- “Carregava a água à noite” Lugar
- “A minha mãe fazia uma barrela” Lugar
- O castanheiro das sete janelas Lugar
- O valor da terra Lugar
- “A gente via-se todos os dias” Namoro
- “Um casamento à antiga” Casamento
- Episódio - “Não era mais séria do que eu” Ofício
Áudios
- “Conheceram-se numa festa” Ascendência
- Nascer em Almada Infância
- Entre Almada e a Mourísia Infância
- Dificuldades sem o pai… Infância
- “De sol a sol” Infância
- “Lenço, raminho e anelzinho” Infância
- “Tínhamos que dormir três a três” Casa
- “Não cheguei a lá andar um ano” Educação
- “Chama arroz de fressura” Costumes
- Dia de festa Costumes
- Dia de Todos-os-Santos – “Fazia-se um magusto” Costumes
- Milho – Desfolhar e malhar Costumes
- “Para fazer o pão” Costumes
- Matança do porco – “A coisa melhor do porco” Costumes
- O dia do gato Costumes
- Carolo – “Era bem bom!” Costumes
- “Há cá oito santos” Religião
- “Não havia cá onde ganhassem” Migração
- “Fui para Lisboa” Migração
- Culturas e animais Lugar
- “Íamos buscar os cântaros da água” Lugar
- “Roupa a corar!” Lugar
- Regresso à terra Lugar
- Para que serve a Comissão? Lugar
- “O castanheiro está histórico” Lugar
- “Tínhamos nascido um para o outro” Namoro
- “Casáramos em Maio” Casamento
- “Era assim os casamentos cá” Lazer
- “Eu trabalhava a dias” Ofício
- “Estão a meter pessoal no Alfeite” Ofício
- Monsenhor Pereira de Almeida Pessoas
- “Qualquer dia vês o nosso…” Avaliação
Textos
- Albano Eduardo e Maria José Ascendência
- No campo e na cidade Infância
- “Nunca partíramos uma sardinha ao meio” Infância
- Anelzinho, lenço e raminho Infância
- “Era muito amigo dos pobres” Infância
- “Tínhamos que dormir três a três” Casa
- “Andei lá pouco tempo” Educação
- Dias de festa Costumes
- No Dia de Todos-os-Santos Costumes
- O Dia do Gato Costumes
- O ciclo do milho Costumes
- “É feito nos acinchos” Costumes
- “Ajuntava-se a família para matar o porco” Costumes
- “A mesma coisa que arroz de sarrabulho” Costumes
- “Os carolos eram bem bons” Costumes
- “É o respeito” Costumes
- “Não havia cá donde ganhasse” Migração
- Mourísia significa liberdade Lugar
- “Isto pertence tudo aos mouros” Lugar
- “A Comissão de Melhoramentos” Lugar
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- “Tínhamos nascido um para o outro” Namoro
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- “Ganhava 25 tostões à hora” Percurso profissional
- “Era como a mulher do padeiro” Percurso profissional
- “É para ver qual é que chega lá mais depressa!” Percurso profissional
- “Ao fim de 29 anos, voltei” Percurso profissional
- 25 de Abril e 11 de Março História
- Monsenhor António Pereira de Almeida Pessoas
- “A gente gosta de contar” Avaliação