Mourísia
Francisco Barata
Francisco Barata
Francisco Barata nasceu a 28 de Novembro de 1925, na aldeia da Mourísia. O pai era António Barata e a mãe era Maria da Assunção, trabalhavam no campo e criavam animais, para sustentarem cinco filhos.
Francisco não tinha tempo para brincadeiras, tinha de guardar cabras e ovelhas e ir buscar molhos de mato. Quando a professora chegou à Moura, Francisco tinha 14 anos. Nas carteiras da escola, era em lousas que escrevia e recorda ainda os castigos da professora. Depois do exame da terceira classe foi trabalhar. Já adulto fez o exame da quarta.
Foi nos bailaricos que namorou e, com 25 anos, casou com Maria Conceição Santos. Dos quatro filhos que tem vivos, três permanecem na sua terra.
A sua vida foi “cavar a terra ao braço”, esteve um ano nas Minas e depois trabalhou na construção civil até aos 65 anos, altura em que regressou para junto da companheira.
Nascido e criado na Mourísia, é na aldeia que pensa ficar.
Francisco Barata faleceu a 26 de Janeiro de 2015.
Áudios
- “Infelizmente naquele tempo era só cavar a terra” Ascendência
- “Pouco tempo havia para brincar” Infância
- “Era uma casa antiga” Casa
- “Tinha 14 anos quando abriu a escola” Educação
- “Fazia uns castigos assim brutos” Educação
- “Uma buchinha às costas” Educação
- “De 9 em 9 anos era semeado o centeio” Costumes
- “Criávamos um porquito” Costumes
- “A carne salgava-se com sal” Costumes
- Fogueira de Natal Costumes
- “A Páscoa antigamente, agora até é diferente” Costumes
- “A côngrua” Costumes
- Carnaval Costumes
- “Para fazer um magusto tem que ser com castanhas” Costumes
- Aguardente de medronho Costumes
- “Tem que se trabalhar, a reforma é pequena” Quotidiano
- “Era de um irmão meu o castanheiro” Lugar
- “Fazem cá uma festita” Lugar
- “Tínhamos que trabalhar para a casa” Lugar
- “A minha esposa era de cá também” Namoro
- “Tive uma burra” Ofício
- “Tínhamos que ir 5 horas a pé” Percurso profissional
- “Continuei na construção civil” Percurso profissional
- Reforma aos 65 anos Percurso profissional
Textos
- António Barata e Maria da Assunção Ascendência
- “Molhitos de matos às costas” Infância
- Uma casa à antiga Casa
- “A professora já não nos queria aceitar” Educação
- “Andar ali de joelhos em cima dos grãos de milho” Educação
- “Tínhamos que levar a buchinha às costas” Educação
- A importância da escola Educação
- “Gostavam de gordura com uma mão travessa de altura” Costumes
- “Aquilo não vale nada e ele não o pode cortar” Costumes
- “Nem o vinho presta quanto mais a água-pé” Costumes
- “Quando os santos saem à rua vem uma música” Costumes
- “Davam aquilo que queriam e que tinham necessidade” Costumes
- “Querem a côngrua, querem o folar” Costumes
- “Iam mascarados para não os conhecerem” Costumes
- “Temos cá dois marcos fontanários” Costumes
- Um copo de vinho por 5 tostões Costumes
- “Querem comer bom, tem que se trabalhar” Quotidiano
- “Agora já nem pedem em namoro” Namoro
- “Ainda tenho o casaco do casamento” Casamento
- “A minha vida era ter que cavar a terra ao braço” Percurso profissional
- “Tínhamos que vir outras cinco horas a pé” Percurso profissional
- “Se eu vinha a casa todos os dias não ganhava para o chinelo” Percurso profissional