Era festa para a família. Matava-se o porco, convidava-se a família. Eu era o matador. Depois ao almoço comíamos todos. À tarde já faziam logo uma torresmada para comermos e febras assadas. Ao outro dia era uma torresmada feita com batatas e hortaliça. Depois era um cesto de bucho, cheio. Assim fazia logo e comia-se. E bebia-se uma pinga, não se bebia muito que também havia pouco vinho. Mas bebia-se bem que ainda se embebedavam. Assim passámos. Depois fôramos, andáramos, quando viéramos aqui para a Benfeita matávamos lá em baixo onde agora está uma pia à beira da estrada. Era uma pia, chamavam-lhe uma pia dos burros, onde bebiam os burros. Ainda lá está. Quando há adiante uma curva apertada e depois em baixo está a pia do lado esquerdo, no canto. Chama-se ali a pia dos burros. Burros e burras. Era para ter água e para aguçar as roçadoiras para se ir roçar o mato.