O copo-d'água foi em casa de uma tia minha, com convidados da família. Era a família e algumas pessoas mais chegadas. Os convidados iam no dia do casamento e à noite, às vezes ainda iam ao outro dia. Eram pessoas conhecidas, aqui da terra. Comíamos ali. Quase três dias a comer o que tinha, de véspera, no dia e ao outro dia. Era o que havia. Punham sopa, faziam canja, depois era a carne com batatas ou arroz. Era assim o comer. Depois vinham os doces: tigelada, arroz-doce, bolos, coscoréis, rodilhas e pães-de-ló. Chamavam-lhe o pão-de-ló que era feito numas formas na padaria. Depois saíam da forma e iam nos pratos para a mesa, para comer. Faziam aqui nos fornos da aldeia. Os fornos eram de pessoas da terra. Havia aí uns quatro. A gente ia ao que era mais perto da casa. Agora é do Castanheira, o tal forno onde a gente assou a carne e assim. Eu também tenho um forno agora. Foi quando fiz a casa é que fiz.