Depois fui para porteira. O meu marido tinha uns senhores muito amigos na garagem, que eram construtores. Então ele pediu a esse senhor construtor e, assim que a casa estava pronta, fui para porteira. Era no 115 da Rua Marquês de Fronteira, mesmo em frente da penitenciária. Eles também viviam lá no prédio ao nosso lado e até foram padrinhos da minha filha.
Nessa altura, não se ganhava nada como porteira. Tirávamos os caixotes e tínhamos um tanto que as inquilinas nos davam por cada um. Umas davam tanto, outras davam tanto e iam-nos cativando com alguma coisa também.