Vestíamo-nos a rigor. A gente, quando era pelo Carnaval, de dia trabalhava, e à noite juntávamo-nos todos. Agora já não fazem nada disso. Vinham rapazes de fora da terra e cá da terra, tocadores, isto e aquilo. A gente tirávamos a roupa que trazíamos à semana e vestíamos outra. Também não podíamos ir para o baile com a roupa suja. Não era roupas como agora. A gente agora veste uma blusa e uma saia, uma bata, ou isto ou aquilo. Posso vestir hoje e amanhã ou ao outro dia já se tira e já se veste outra. Naquele tempo, vestíamos a roupinha, despíamos ao sábado e só ao outro sábado é que a gente mudava de roupa, que não havia roupas para se andar sempre a mudar. Depois, ao outro dia, íamos outra vez vestir a que tínhamos despido para deixar a de domingo mais limpa. Era assim.