Brincávamos uns com os outros, na rua. As raparigas era com um bocadinho de trapo, punha-se uma coisa qualquer dentro para dizer que era uma boneca. A gente agarrava aí uma pinha de um pinheiro, atava-lhe uma cordita e era o burro. Os piões tinham que se fazer. Um bocado de um sabugueiro, metia um prego e lá fazia aquilo.
Criou-se cá muita gente. Mas não havia cá onde os pôr. Cada um tinha que os guardar. Quando éramos miúdos, às vezes com 5, 6 anos, a gente trabalhava, andava para aí, encostado às paredes de qualquer maneira, tudo cheio de terra. Parece mentira mas era assim.