Aqui andava o João Brandão. Era um indivíduo que vinha com os animais dele. Na altura, o transporte era o cavalo. Ele vinha com a brigada dele, a quadrilha. As pessoas, coitadas, levavam aí o ano inteiro a tratar do milho e depois guardavam nas arcas. Eles abriam as tampas das arcas e punham os cavalos ali a comer, a roer o milho. Intimidavam as pessoas. Viveu sempre assim. Até que foi morto.
Outro que foi morto, foi aqui um do Piódão, o Oliveirão. Enterraram-no atrás de uma capela de Chãs d'Égua. Tinha mau feitio. Foi para lá armado em forte e os gajos deram-lhe com uma tranca na cabeça. Mataram-no e lá o enterraram. Deixou um filho que era mudo. Depois, bêbados, em brincadeira disseram ao mudo:
- “Vamos aos Chãs d'Égua?”
- “Não! Chãs d'Égua é mau! Matou o pai!”
Eram umas histórias.