O santo padroeiro é a Nossa Senhora da Conceição. Há aqui o S. Pedro, também lhe fazem uma festa, no dia 29 de Junho. Primeiro faziam todos os anos, agora a despesa é muita, depois também é preciso pagar licenças aos padres e já não há todos os anos. Mas quando fazíamos festas era para aí fogo. Num sentido, até foi bom acabar. Às vezes, havia festas que pegava fogo lá adiante. Os foguetes caíam mal, pegavam fogo nas ervas. Agora, não deixam botar fogo. Mas era giro porque era próprio da festa. Fogo por todos os lados. Depois vinham as pessoas, tinha-se de combinar. Tu pegas nisto, tu pegas naquilo, naquelas lanternas, naqueles paramentos, para fazer as procissões. Aquilo dava muito trabalho ainda, ser mordomo. Houve cá um padre que morreu e tem o nome dele, aí ao pé de uma igreja, uma rua. O padre Ilídio Portugal. Penso que ele depois daqui foi para Buarcos, ali para o pé da Figueira da Foz. Foi o padre que me casou quando eu cá estive. Mas era um grande padre, trabalhava muito lá na igreja. Ele ia para ali, quando havia obras, ele é que andava, de bata, esfarrapada, trabalhava ali. Agora os padres já não. O que cá está agora foi criado ao pé de mim.