O meu filho estudou no Piódão, na primária, até à quarta classe. Fez a Telescola durante dois anos e foi para Arganil até ao 12º ano. Depois, foi tirar o curso ao Algarve. Mas eu não tinha posses. Tinha uma reforma pequena, não dava. Ele é que puxou pela cabeça. E deve-se só a ele. Um primo facilitou-lhe o alojamento. Ele depois foi pagando quando podia. E também puxou pela cabeça, porque nas férias grandes enquanto os outros colegas iam passear para Espanha, para um lado e para o outro, ele ia trabalhar. Até chegou a andar nos Correios, de carteiro, para arranjar algum dinheiro para tirar o curso. Logo que acabou o curso, foi colocado no Piódão, que era o que ele gostava. Depois, houve um ano que foi colocado em Coimbra. Então havia uma professora de Coimbra que tinha sido colocada nesta escola. E ela vivia mesmo ao lado da escola onde ele foi colocado. Depois, lá se foram conhecendo. Ele gostava de vir para a província e ela então foi um achado. Tinha uma bebé pequenina, andava em viagens, no Inverno para um lado e para o outro, fins-de-semana, tudo. Trocaram. Depois, esteve na Malhada Chã. Ainda lá havia a Telescola. Depois esteve aqui, ardeu. Esteve em Avô, também, e agora está na Ponte das Três Entradas.