A Fonte das Moscas é um passal para o Verão. É bonito. Porque, mesmo que não haja festa na Benfeita, estão ali muito frescos e têm água. Estão ali a passar um bocado.
Antigamente havia, para cá da casa do doutor Mário, a sair da quinta dele para a ribeira, um tubo de cerâmica a cair água. Fizeram um poço na ribeira para enfiar o cântaro e aí ia-se aparar a água. Há também, chamam lá a Fonte do Fundo. Atravessa-se a ponte, ia-se por um caminhito que ainda lá está ao longo da ribeira. Ainda se fala hoje na Fonte do Fundo:
“Adeus ó Fonte do Fundo.
Adeus margem da ribeira.
Adeus igreja matriz.
Adeus ó Ponte Fundeira.”
Lavadouros era sempre na ribeira. Havia umas pedras, chegaram a arranjar umas pedras de cantaria, uns lavadoirozinhos jeitosos. Outras pessoas levavam-nas para as fazendas. Lavavam nas poças, enxugavam-na lá, coravam-na lá. Eu fui uma delas que ainda levei para as fazendas alguma. Lavava-se muito bem lavadinha e depois punha-se a corar na relva. De um dia para o outro ou mesmo que só fosse um bocado ao sol, para ficar branquinha. Depois enxugava-se lá ao sol nas videiras, era assim.