Depois, fui integrado no grupo. A gente começa-se a integrar, a tomar confiança. Começa a ter os nossos conhecimentos. Começa a ter essas coisas todas. Vai aprendendo a trabalhar. Entrementes, torna-se um profissional e um operário especializado. Cheguei a ser monitor e andei ainda na chefia. Mas, não sei porquê, na chefia não dava bem para aquilo. Eu era melhor para ser mandado do que para mandar os outros. Deram-me preferência para ir para monitor, ensinar os recrutas, os que se iam apresentando. Eu ia ensiná-los a trabalhar com as máquinas e a fazer o nosso trabalho. A gente era trabalho de pinturas, nas docas, nos assentamentos de navios, andaimes e assim. Eles precisavam, porque aquilo lá na Lisnave era um meio muito grande. Era um mundo. Se eles chegassem ali e não tivessem uma luz daquilo... Pelo menos, ia-lhes ensinar os cantos das ferramentas e dessas coisas todas. Ia-lhes ensinar isso tudo. Tínhamos uma parte teórica, que era dada por um engenheiro. A prática era eu que ia dar. Trabalhava para eles verem como era.