Enquanto cá estive, ajudava a minha mãe. Fazia o que as crianças podiam fazer na fazenda: cultivar o que ela cultivava, coitada. E quando era pequenita, se calhar, não fazia nada, já não me lembro. Tínhamos animais. Criávamos um porco, tínhamos cabras, tínhamos galinhas, tínhamos esses animais. Eu ia pastar as ovelhas. Ia para o que era meu. Para a fazenda. Era só por aqui no que tinha. Depois casei-me, fui para África, já não ajudei mais.
Havia aqui muitas crianças. Havia casais que tinham aos 11 filhos e dez! Os meus avós, os paternos, tiveram 11 filhos e os maternos seis. Era tudo assim. Não era ou nenhum ou só um ou assim. Em toda a freguesia, havia muita gente. Agora não há ninguém.