Eu andei na catequese, porque era obrigatório. O meu pai esse o que queria era a fazenda, andava sempre por lá. Mas a minha mãe, já se sabe, se eu não fosse era bruta a bater. Tinha a mão dura, levei muita porrada dela. Eu sei que fiz os 14 anos e pirei-me. Tinha até à noite. Havia a oração e toda a gente tinha o terço. Se eu não ia:
- “Eu não te vi lá!”
- Estava, estava.
- “Então que versos é que cantaram?”
Eu, às vezes, ia lá ouvir. Ia à porta e via o que estavam a cantar.
- Olha cantaram este, este e aquele.
E ela lá ficava um bocado a pensar. Tinham cantado aqueles versos, mas eu tinha era ouvido cá de fora. E, se não ouvia, perguntava aos outros.
Quem dava a catequese eram umas catequistas que o padre arranjava. E ele também dava. Era na sacristia. Mas, quando era para fazer a Comunhão Solene, então tínhamos umas catequistas para ensinarem melhor aquilo. Era uma grande quantidade, tinha de se explicar o que era o Credo, o que eram as Obras de Misericórdia e muitas explicações que eles faziam para a Comunhão Solene. Agora faz-se de qualquer maneira. Antigamente tinha-se de decorar tudo.