Os doces é o arroz-doce e faziam coscoréis, que são filhós. Filhós ou coscoréis é tudo a mesma coisa. Faziam outros bolos também, como aqueles que agora se compram, a gente fazia em casa. O arroz-doce faz-se mais ou menos tanto de açúcar como a de arroz. Põe-se um bocadinho de limão e leite e é assim. Põe-se um tacho ou uma panela, onde a gente queira fazer, ao lume. Deixa-se aquecer a água. Depois junta-se-lhe o leite, o açúcar e um bocadinho de limão. Deixa-se cozer. Põe-se então nuns pratinhos ou onde a gente queira.
Sei fazer pão-de-ló também. Partimos os ovos para uma tacinha. Dantes a gente batia à mão. Tínhamos uns batedores. Era quase só a minha mãe que sabia fazer. Tínhamos que fazer quase para a povoação toda. Quando era pelas festas tudo queria que lhe fizéssemos pães leves. Então, a gente tínhamos um batedor, ajudava eu e mais os meus irmãos a bater. Porque muitos queriam que lhe fizessem. Era 12 ovos, 250 de farinha e também açúcar. Eu agora faço é um que leva sete, oito ovos conforme a gente queira pôr, e é um iogurte, pode ser de côco, fica melhor que dos outros. Leva o copo de iogurte meio de óleo e é tanto de farinha como de açúcar. Põe-se primeiro o açúcar e a farinha. Bate-se com aquelas coisitas que agora há a electricidade e estando aquilo tudo, no fim é que se põe a farinha. Às vezes ponho-lhe as claras à parte. Bato-as em castelo à parte e a gema à parte. Põe-se também 2 colherezinhas de fermento, aquelas pequenas.