Em pequena não havia telefones, não havia nada. Onde é que eram os telefones? Coitadinhos da gente. Aqui não, que eu me lembrasse desse tempo. Depois já começou a haver alguns, mas ainda eram poucos e já eu era mulher.
Vinham cá os médicos, vinham. Quando era preciso chamá-los, vinham. Vinham cá nas carroças ou em cavalos. Faziam um doente lá ir nas carroças “pia baixo” para o Hospital de Arganil. Nesse tempo era assim. Agora é tudo diferente. Não se compara com o que era antigamente. O que é, naquela altura trabalhava-se e agora não querem trabalhar. É a vida.
Os do correio, coitados, eram os estafetas. Iam buscá-lo a Côja e traziam-no. Até eram umas raparigas que iam buscá-lo. Depois aqui era distribuído. Iam levá-lo aos Pardieiros, ao Sardal. Nunca deixaram de ter a correspondência. Vinham a pé de Côja para cima com aquilo.