Quando as pessoas estavam doentes havia cá um senhor Arnaldo e o padre senhor Ilídio que davam remédios. Mas quando as doenças já eram prolongadas mandavam para os médicos. Ia-se para Avô, para Côja e para Vide. Era longe e íamos a pé. Era tudo a pé. Não havia carros, não havia estradas, não havia nada. Tinha-se de fazer tudo a pé.
Quando infectavam os pés coziam-se malvas e folhas do eucalipto e depois dava-se banhos aos pés. Quando uma pessoa tinha uma dor de cabeça comia uma colherada de mel. Fazia-se chá de sabugueiro e botava-se uma colherada de mel. Era assim que se curavam as constipações. Uma dor de dentes bochechava-se com aguardente e botava-se fora. Depois passava. Quando se tinha uma dor de ouvidos, ia-se a uma mulher que dava leite, mandavam-na botar uma pinguita de leite para dentro dos ouvidos. Sarava.