Comércios havia muitos. Tínhamos duas alfaiatarias, duas barbearias, tínhamos os sapateiros, os ferreiros, os carpinteiros, tínhamos muitas, muitas mercearias. E então nesse tempo vendia-se o tecido ao metro. Em qualquer lado havia. Começava na capela até lá em baixo ao pé da igreja. A rua de um lado e do outro. Havia aí as costureiras. Agora já não há. Só a Dores e a mãe ainda fazem. Mas nesse tempo a gente levava às costureiras e as costureiras faziam como a gente queria. E nesse tempo era muito engraçado porque eu mandava fazer um vestido e era feito às escondidas para não fazerem igual ao meu, do mesmo feitio. Era assim que a gente fazia. Tempos passados. Tempos que já lá vão. Agora tudo vai acabando.