Quando alguém estava doente no Piódão era complicado. Quando eu era miúdo, a estrada ainda nem sequer chegava ao largo. Portanto, se alguém ficava doente, que não se pudesse deslocar, tinham de, numa maca, que tinha quatro coisinhas para se pegar, deitar a pessoa, amarrar com um cinto e tinham de o levar ao sítio mais próximo que pudesse chegar uma viatura e levar ao médico. Ainda hoje é difícil essa questão da saúde e, neste momento, até a educação, que os miúdos têm de andar 30 quilómetros para irem à escola. O médico vem de 15 em 15 dias, neste momento, e, às vezes, passa-se um mês que não aparece. Se ele estiver de férias não há outro a substituir. Ainda hoje essas questões se põem. Ainda é difícil e, nesse tempo, ainda mais difícil era.