Antigamente, havia cá uma padaria. Agora alugam-na para turismo rural. Era uma padaria. Iam vendendo também para outras terras vizinhas. Levavam o pão num burro com uma carroça.
Para ter farinha iam moer o milho aos moinhos. Havia cá muitos. Iam lá moer. Eram de várias pessoas. Cada um sabia o dia que havia de ir moer. Estava o tempo dividido.
Nessa altura, gastavam mais broa cozida. Cada um cozia para si. A minha mãe fazia broa assim: punha a farinha na gamela, uma coisa comprida. Punha o fermento e a água quente para amassar. Amassava e punha a levedar. A quantidade era a precisa para amassar. Aquilo não era por medida, era até a farinha estar toda amassada. Nem podia ficar muito rija, nem muito mole, para a broa ficar boa. Tinha de ficar assim numa medida média.
Para cozer a broa, tinham uns fornos a lenha. Hoje coziam uns, amanhã coziam outros. Coziam duas e três pessoas ao mesmo tempo. Lá lhe punham uns sinais para saberem as que eram de umas, as que eram de outras. A minha mãe é que a estendia, é que lá as punha.