Na escola, escrevíamos numas pedras de lousa com uns lápis também feitos de pedra. Às vezes, no caminho, a gente caía. Ia a mala ao chão, lá ia a pedra. O meu pai, que Deus tem, com uns arrebites, lá arrebitava aquilo, ficava outra vez boa.
Antes do 25 de Abril, davam os livros de uns para os outros, porque não mudavam. Só depois do 25 de Abril é que começaram a mudar os livros. Livros da primeira do meu irmão davam para mim. O da minha primeira classe dava para a minha irmã. O da segunda do meu irmão dava para mim e dava para ela. O da terceira era a mesma coisa e as ciências e tudo. O que eu gostava mais era da tabuada. Era assim.