Antigamente, há 20, 40 anos, havia aí serrar madeira. Mas não era com motosserra, era com um serrote. Um de um lado, outro do outro, deitavam o pinheiro abaixo. Uns era a traçar, a deitar abaixo e a esgalhar. Esgalhar é cortar as pernadas do pinheiro e tirar as rancas que nascem. Pôr a madeira limpa. Outros era com os machos a acartar aí para as estradas, para onde pudesse vir um carro. Aguentavam-se aí. Agora, a gente chega aí a um pinhal, com uma motosserra cheia de gasolina, faz o trabalho de dois, três ou quatro homens. Num dia, só com um depósito cheio. Desde que esteja a cortar bem, aquilo é sempre andar. Até o esgalha e tudo. Não é preciso lá estar com a machada.
Outros ofícios cá da terra era fazer o carvão - mas isso já não é de minha lembrança - e guardar gado. Ainda guardei gado, mas pouco tempo. Ia para o fundo, às vezes descalço, ao pé da capela que está no Colcorinho. Tudo a pé. Fazia bem.