Jogávamos à porta das tabernas. Nesse tempo havia duas. Primeiro até a gente, quando andávamos a guardar o gado, uns com os outros, fazíamos umas pedrinhas redondas, espetávamos um prego, era assim. Quando andávamos no campo, se juntavam três ou quatro era:
- “Vamos jogar o fito um bocado”.
Fugia muitas vezes o gado, fugiam para o milho. A roerem o milho e feijoeiros. A gente entretia-se com aquilo e o gado toca a andar.
Havia umas piorras com quatro letras em volta (R, T, D, P): rapa, tira, deixa e põe. Quando ela tombava, para o lado que caía é que marcava. Tirava um, por exemplo, e ficavam os outros. Se era põe tinha que pôr conforme aquilo que estava destinado botar, e se era rapa, era tudo. Já era dinheiro, naquele tempo. Se calhasse põe, no lugar de tirar, punha. Naquele tempo, o dinheiro era também pouco mas alguns já arranjavam um saquito.