A minha mãe levava os meus irmãos para a fazenda, numa cestinha. Arranjava uma saquita, uma coisa qualquer para os deitar, com uma palhinha, e tapava. Sempre limpinhos, está certo. Mas criados naquela coisa da terra. A gente andava a sachar aqui numa lavoura, de dois ou três ou quatro pessoas e o menino à nossa frente. Mas a minha mãe queria sempre que eu estivesse ao pé do menino porque uma ocasião estava ela a lavar, na ribeira, e estava ao pé, quando foram a ver estava uma cobra a querer ir para a cesta. Já estava pendurada para ir para a criança. E depois os pequenos quando são pequenos estão no parque, sempre fazem barulho e o bicho, é claro, vai-se embora. Mas a minha mãe, nessa altura, não me tinha lá, mas depois pôs-me. E andava sempre à beira deles, para saber como é que se passava, era a guardar-me a mim e eu a guardar a eles.