Conheci a minha mulher, Isaura, aqui nos Pardieiros. Ela trabalhava na floresta. Um dia foi levar uma roupa à Benfeita. Havia lá um alfaiate bom. Depois, passou aqui para cima com a roupa à cabeça. Ia levá-la ao guarda. Começáramos na conversa, mais para trás, mais para diante, mais para trás, mais para diante e traváramos aquilo de uma maneira, que começámos a falar um com o outro. E lá começámos a namorar. Arranjáramos a vida. Naquela altura, era um namoro estúpido. Não é como agora. Era estúpido:
- “Onde é que vais?”
- “De onde é que vens?”
- “Para onde é que foste?”
O namoro era assim. Agora é outra vida! Não tem comparação nenhuma com o que era antigamente. Tive que pedir autorização ao pai dela. E ele era mau como um rei!