Eu pertenci ao rancho. As nossas roupas eram saias plissadas. Usávamos com as combinações por baixo. Eu tinha uma muito linda e dei-a. Agora tenho-me arrependido. Se fosse hoje não as dava, mas dei-as.
Eu nunca ia dançar às outras terras porque a minha mãe não nos deixava ir, mas muitas iam. A minha mãe não nos deixava andar assim.
Também cantávamos. Cantávamos a “Aldeia dos Pardieiros” e “Deste-me uma pêra verde para amadurar”:
“Deste-me uma pêra verde para eu amadurar
Pêra, ó de verde pêra, você não me há-de enganar
Você não me há-de enganar, você não me engana não
Pêra, ó de verde pêra amor do meu coração.”
Era assim.