O meu marido era de Pardieiros também, portanto, já o conhecia. Mas depois ele estava em Lisboa, trabalhava numa leitaria, ao pé do Socorro. Eu estava aqui e ele escrevia-me. Eu gostava de receber as cartas porque eu gostava dele, senão não casava. Mas depois a gente não era como agora, uns ao pé dos outros, era diferente. Só nas vésperas de quando casou, é que veio. Não foi namorico nenhum. Noutros tempos a gente era mais envergonhada. Agora é tudo mais descarado.