A minha esposa nasceu na freguesia do Piódão, em Malhada Chã e veio para Pardieiros já para aí com uns 10 ou 12 anos.
Neste momento a minha mulher anda a tirar o nono ano. Eu tenho um currículo que dava para fazer o nono ano por exemplo, que ela ajudava-me:
- “O nono ano praticamente tinha-lo feito!”
E eu disse:
- Não, não quero, não me vou meter nisso.
Eu apoio e acho que é sempre bom estudar. Por eu não querer ou não gostar, não retiro ninguém de ir. Ela sempre gostou da escola, foi uma coisa que ela gostava de ter seguido mas os pais não tinham possibilidades. Sempre disse e ainda hoje é o dia em que ela diz:
- “Deus dá as nozes a quem não tem dentes para as roer.”
Ela gostava e aprendia bem quando andava na escola mas não seguiu e agora lá anda. Mete-se em muita coisa que, por vezes, nem tem vida para isso, mas vamos ver se ela vai conseguir fazer agora aquilo. Ela lá anda a fazer a escrita, aquela coisa toda. Já lhe comprei até um computador e tudo para ela se entusiasmar ainda mais. Ela gosta daquilo. Com muito que tem de fazer em casa mas tem sempre horas disponíveis para estudar. Às vezes está lá no computador até às tantas. No fim-de-semana, quando está na Mata da Margaraça, se não tem muito que fazer leva o computador e lá se entretém, porque o computador é portátil e dá para levar de um lado para o outro. Eu é que lá não vou mexer, se ele aparecer estragado eu não o estrago, só se o computador desse para fazer colheres.