Na escola, a gente fazia ditados, que agora já nem sei como é que chamam a isso, e os da terceira, por exemplo, iam corrigir os erros dos da quarta. Era só ela e uma outra rapariga que era do Sardal da terceira classe e na quarta éramos uns oito. E eles iam corrigir os erros depois iam lá para o fundo da sala e punham-se a apertar e ela era como quem diz:
- “Hoje vai haver festa!”
Depois a professora dizia que, por exemplo se desse dez erros, levava 20 reguadas e eram elas que davam as reguadas. Houve uma vez que conforme eu estava com a mão para me darem as reguadas, tiro a mão, porque não ia levar as 20 reguadas numa mão, dez numa, dez na outra. Ao tirar a mão, a régua passa ao lado da cabeça da professora e foi malhar na parede e eu assim:
- Tinha-la bem segura, não tinhas?
Ela é que corrigia os meus erros e depois batia-me, levei muita porrada dela na escola. Foi assim que eu conheci a minha esposa.