No início, não era preciso ir para as feiras, hoje em dia vou porque gosto. Assim que comecei, também com ideias de ganhar mais algum, em lugar de estar a vender para armazéns e depois em lugar deles ganharem, posso eu vendê-las mais bem vendidas e até fazer uns preços mais baratos do que eles. Por exemplo, eles vendem depois nas feiras, vendem para feirantes, para várias pessoas, eu assim posso vendê-las quase ao preço que eles do armazém vendem ou até ainda vender mais barato e assim, em vez de estar a dar dinheiro a ganhar, ganho eu. De outra forma sempre dá para passear. Mas não é só o passeio, também sempre gostei do trabalho. Desde que comecei a andar nas feiras de artesanato, comecei a gostar e a entusiasmar-me e continuo até poder.
A minha primeira feira de artesanato foi em Coimbra. Naquela altura o Presidente da Câmara dava-nos apoio, dava-nos transporte para ir e vir de Coimbra, todos os dias. Depois, a partir dali fôramos para várias. A primeira feira no Algarve foi em 1983 ou 1984. Estive em Vila Nova de Cerveira e no Algarve, também com o apoio da Câmara. Depois aqui na zona começaram a fazer muitas feiras de artesanato, em Arganil, Góis, Lousã, Poiares e por muito lado, agora o que mais há são feiras de artesanato. Não posso estar em todas mas faço umas 20 e tal feiras por ano. Vou desde Vinhais, Trás-os-Montes, que é a primeira do ano em Fevereiro e depois até ao Algarve, desde o Norte ao Sul do país. Percorro feiras de artesanato e feiras medievais onde também dá jeito ter lá um colhereiro. Estive também em Oliveira de Azeméis.