Na apanha da azeitona, arma-se a escada, estendem-se os panos por baixo, chamamos nós os fardos, e então começa tudo a “repigar” à mão. É muito raro, mas às vezes pode-se levar uma vara para onde não se chega. Agora já se usam uns “repigadores” com uns ganchinhos, mas são poucos os que os usam. Os homens levavam aquilo às costas para os carros de bois, que iam por a estrada velha, lá para baixo, para a Nossa Senhora das Necessidades, onde havia um lagar. Ainda lá existe, mas já não mói há perto de 40 anos. Agora, há lagares modernos, desses antigos já não há nada. Depois juntava-se a azeitona toda e punha-se-lhe sal, havia até umas tulhas próprias. Era cavada, às vezes com um ancinho, e ensacada. Os homens enchiam os sacos grandes. Calcavam com uma cavaca sacos com cento e tal quilos de peso. Lá no próprio lagar, moem a azeitona separada. Quando não moem separada, pesam a de uma e de outra e é toda moída junta. Depois pelo peso da azeitona, pelos quilos que levarem de azeitona, dividem o azeite.