Serrar a velha é pela Quaresma. Nessa altura, nós dizíamos:
- “Ó, velha! Já te vai a chegar ao nó! As tábuas já deitam pó!”
E serrávamos, às vezes, uma cortiça ou uma lata para fazermos mais barulho. A minha mulher tinha uma avó, chamava-se Glória. Essa não se zangava, agarrava na candeiazita do azeite vinha para a entrada da porta e fazia:
- “Uhu! Uhu! Uhu!”
Vinha para o pé da porta ainda alumiar à malta. Depois íam-se embora. Viam que ela não afinava e iam embora. Mas havia aí outras que se zangavam que eu sei lá.