Depois da escola fiquei a trabalhar na agricultura durante uns anos, mas pensei que não queria bem aquilo. Queria outra coisa. Um tio meu era carpinteiro. Ele depois foi para Lisboa, mas ainda cá tinha um banco e eu comecei-me a entusiasmar. Havia aqui uma pessoa que também trabalhava na carpintaria. Não foi carpinteiro, mas esteve em Lisboa e trabalhou muito ao pé de carpinteiros, então ele dava-me umas noções. Não era carpinteiro, mas tinha visto como é que se fazia. Dali ele dava-me umas noções básicas de como é que se fazia. Eu pronto inclinei-me para ali e comecei a trabalhar naquilo.
Depois fui para uma oficina para Côja. Estive lá um tempo. Não foi muito tempo, porque se ganhava pouco. Fazia móveis, guarda-fatos, guarda-louças. Depois mais tarde quando saí já fazia sozinho, mais ou menos, já me ia desenrascando.