Passado pouco tempo, coisa de sete mesitos, de Agosto até ao dia 4 de Março casáramos. Eu tinha 21 anos. Foi em Março de 1972 nos Parrozelos. Eram 11 horas. Foi com o padre da Moura. Era, ainda hoje é, a tradição na terra da rapariga. Foi em casa lá de onde a minha mulher se criou.
Os preparativos para o casamento era como se fazia naquele tempo. Comi até encher a barriga. O normal era sempre três, quatro rês que matavam. Cabras ou ovelhas. Depois a carne era arranjada, ia para o forno, era assada no forno. Era com batatas ou com o que calha. Coziam pão. Naquele tempo nós nem cozemos pão, trouxemos o pão foi da padaria. Em vez de andarmos a cozer broa. Depois é doces: tigelada, arroz-doce, tapioca, o bolo de noiva, coscoréis, bolos de outros.