Quando era pequeno, desde que me lembro, já dos meus 5 anos, 6 era um gandulo, como os outros também na rua. Depois era a brincar nas ruas, de noite. Era a correr uns atrás dos outros. Depois de mais crescido na fazenda. A sachar o milho, a empalhar, a regar e a fazer o que calhava.
Depois da escola, às vezes, tinha que ir botar as ovelhas. E levava lá os trabalhos que marcavam nos quadros. Enfiava aquilo dentro de uma mala que a gente levava para a escola. Metia aquilo ao ombro. Lá levava o lápis, a borracha e o caderno. A pedra a gente não a levava. A gente primeiro fazia as contas numa pedra. Tinha um lápis de pedra e a gente escrevia naquele pedra. Depois apagava-se. Tinha um pano apagava aquilo depois escrevia. Mas naquele tempo já havia papel. A gente as contas, depois de já as saber bem já fazia em papel. Levávamos os trabalhos lá para o gado, enquanto guardávamos o gado lá fazia as contas. Outras vezes se estava lá mais alguém íamos brincar, importávamo-nos lá dos trabalhos para alguma coisa. Fazia-os à noite, de volta de candeeiros.