Antigamente, o São João era assim: ia-se buscar um pinheiro alto. Enrolava-se todo com palha por aí afora. Todo até ao cimo. Arranjava-se um cântaro de barro. Metia-se lá dentro um gato. Tapava-se a boca do cântaro, prendia-se um nagalho e prendia-se lá na ponta do pinheiro. Depois, botava-se fogo ao pinheiro, a arder por aí afora. Tínhamos aí, às vezes, uma dúzia ou meia dúzia, de foguetes, conforme. Quando o pinheiro começava a arder, começávamos a botar os foguetes e fazia-se um bailito em volta do pinheiro. O gato, quando caía no chão, oh patas! Oh, abre! Não estava à espera de mais nada. Assim que caía no chão, aquilo é que ele lavrava! E assim se passava o São João. E o São Pedro era igual.