O meu pai era Eduardo da Costa. Era da Mourísia. Trabalhava na agricultura, quase que faleceu na agricultura. Só ao fim de um mês de estar entrevado, acabou por falecer. Portanto, trabalhou sempre na agricultura, nos tempos da abertura dos estradões, na floresta. Acho que ainda esteve uma temporada em Lisboa mas também a trabalhar na agricultura.
A minha mãe era Aurora das Dores Lopes. A avó dela era da Mourísia mas ela era de Porto Castanheiro, freguesia da Teixeira, concelho de Arganil. Era doméstica e tratava da lida de casa. Mas depois como tinha a dor ciática não podia andar de uma perna.
O meu avô, de parte de pai, como pertencia à Mourísia, e tinha fazendas, era nessas terras que os meus pais trabalhavam. Na altura era mais milho, batatas, feijão. Mas a porção maior era milho que não havia padeiro na altura.
Somos cinco irmãos. Éramos cinco. Portanto, quatro rapazes e uma rapariga, a minha irmã já é falecida. Dávamo-nos todos bem. Desde que comecei a lidar com os meus irmãos sempre nos déramos bem. Eu tinha uma grande diferença do meu irmão mais velho: 18 anos. Portanto, os meus irmãos dizem que foi uma alegria para eles quando eu nasci.