A desfolhar, a esfarrapar, a descamisar o milho, a tirar o folho, aquele a quem aparecesse o milho negro tinha que dar um abraço a todos. Agora, a desfolhar já não trazem para casa. Já o desfolham lá na fazenda. Depois de desfolhado, deita-se para a cesta, carrega-se, traz-se para os palheiros e anda ali uns dias. No fim é malhado o milho nuns palheiros. A gente assenta-se e com um pau assim pequeno malha-se o milho. Depois, ergue-se e anda-se a estender o milho. Antigamente, íamos ajudar as debulhas uns aos outros, à noite, à luz do candeeiro. Depois, naquela altura, havia vinho doce. Levavam sempre para lá um jarro para as pessoas beberem.
Com este milho, ia-se para os moinhos lá na ribeira. Moíam a farinha para os porcos e para fazer a broa. Agora, a trovoada levou os moinhos todos. Está tudo estragado. Depois, peneirava-se a farinha, amassava-se e fazia-se a broa nos fornos. Antigamente, era só com broa que se governavam. Não havia cá padeiro. As mulheres só comiam pão quando tinham os filhos ou quando estavam quase a morrer. Era só broa. Era amassada, depois era levedada, aqueciam o forno e deitavam lá ao forno para cozer.