Depois da escola, fui trabalhar para uma cerâmica em Côja. Na Carriça. Uns colegas meus, que já lá andavam, disseram assim:
- “Ó pá, eles estão a meter pessoal por contrato. Vais lá, pode ser que eles te lá metam.”
E foi. Fiz o meu contrato de três meses, depois fiz outro de outros três meses e fiz mais um de dois meses. Depois, acabou o serviço, saí. Fui para a Cerarpa, também em Côja. Tinha uma prima minha que trabalhava lá, que disse para a minha mãe:
- “O Leonel que vá lá pedir trabalho, que eles metem-no lá, que eles estão a precisar de pessoal.”
E assim foi. Andei lá um ano e meio. Depois, fui para a tropa. Vim da tropa, comecei a trabalhar nas obras até hoje. E é assim a vida.