Antigamente não havia luz. Era um candeeiro a petróleo, daqueles pequenos. A gente tinha de se iluminar de noite. Logo que anoitecia a gente já não podia sair à rua. Não se via nada. Só com uma pilha ou com umas lanternas que havia antigamente a azeite. Era assim que se desenvencilhavam. Mas havia pessoas que regavam durante a noite porque havia muita gente. Era tudo cultivado. Então a água tinha de ser dividida, como era de corrente, tinha de ser dividida uma tantas horas cada um. E aquele que calhava de noite, tinha de regar de noite. Chamam as andadas, uns tantos dias, hoje é para uns, amanhã é para outro. Tantas horas para outro. Faziam assim aquelas divisões do regadio. E quem calhava de noite tinha de ir.