Foi um namoro normal. Conhecemo-nos por acaso e ele começou a ir a minha casa aos domingos e depois começámos então a namorar. Escrevemo-nos e pronto. Ele era da Mourísia e eu era da Fórnea. Mas depois ele trabalhava lá nas estradas, a compor. As nossas estradas ainda não eram de alcatrão na altura. Então ele andava e soube que havia alguma coisa e começou a lá ir, a gente conheceu-se assim. Foi-se vendo. Escreveu-me, eu respondi, e depois começou, aos domingos, a lá estar um bocado, conversar. Namorámos quase dois anos. Depois falou-me em casar. Marcou a data e estava a andar. Acho que não pediu ao meu pai. Já nem me lembro. Mas acho que não. Já não se usava isso.