A minha casa era no Tojo, tinha dois andares, fora as lojas por baixo.
Na loja tinha as bebidas e as arcas para ter milho. Todas essas coisas. As lojas era para isso. Havia uma outra ao lado, eram duas, estavam despegadas, tinha o porquito, para se governar pelo ano fora. Tínhamos um quarto para a minha irmã, e um para o meu pai e para a minha mãe e eu era noutro mais o meu irmão. No andar de cima tinha quartos se houvesse alguém de fora, aparecia sempre gente. E no andar de baixo era para a gente. E tinha uma cozinha. A gente ia à lenha, naquele tempo, arrancávamos torgas, no meio do mato, para um lado e para o outro. O meu pai, que Deus tem, empilhou-as a um lado e depois um padre que era ali do Piódão, diz ele:
- “Ó senhor Manuel, você tem aqui ao pé do lume, ainda se acende o lume.”
E diz ele, assim o meu pai:
- “Pois é, não tenho onde a pôr.”
Depois fez um curralito ao lado, um curralito pequeno e para lá as carregou.