O dia do casamento tivéramos que ir a Pomares receber. Levaram a merenda e ao fim do padre receber é que então comêramos. Íamos em jejum, eram algumas três ou quatro horas. Da Mourísia a pé, para Pomares. E depois viéramos outra vez. Chegáramos aqui à noite e então é que se juntou tudo a família e comemos todos ao pé uns dos outros.
Eu ia com um vestidelho, somenos. Já nem sei do resto dele. Não foi de branco, nem nada. Íamos aí todos, uns aqui mais adiante, uns mais lá longe, ia tudo. Caminhava a gente bem. O meu marido comprou uma roupa preta. Nem gravata levou. A roupa era preta, as calças, o casaco e os sapatos. Bem vá lá, nessa altura ainda foi assim menos mal. Também eram pobres, tinham muitos filhos.