No dia do magusto juntava a minha família e fazíamos em casa. Assavam-se as castanhas num assador furado. Depois sacudia-se, para modo de elas se virarem e depois comia-se. Antigamente havia muita castanha. Agora há menos. Agora também se queimaram. Mas naquele tempo havia. Punham a secar, faziam uns caniços com rede, com umas ripas, punham-se lá e também secavam. Depois é que as pisavam e despejavam dentro de um cesto: ruque, ruque, ruque. Despejava-se, botava-se para uma cesta e ia-se apanhar mais. Nesse dia eu é que tinha que ir para o caniço apanhar as castanhas. Quando vinha tinha que tomar banho, toda suja. Toda enfarruscada, a cara, os pés, a roupa, tudo.