As profissões da aldeia eram, como eu digo, o centeio, a batata, o feijão, o mel e os animais para tratar. Depois, havia na Mourísia um canastreiro que até era meu tio. Lá fazia cestos com correias de madeira. Ainda está um amolador, o tio Moura. Esse andou por fora também. Amolava as tesouras e facas e ainda pegavam os pratos que partiam. Agora, já não pegam pratos. Se eu partisse um, não o deitava fora. Pegava-se. Tenho uma terrina que me calhou da minha sogra. Está toda cravadinha, que o bojo partiu e depois lá a pegaram. A minha filha tem-na num móvel. Não se desfez dela. Já está toda pegada com ganchos e um bocado de arame, mas ninguém diz que ela está assim. Nem se conhece.