Agora não faço nada. Estou em casa da minha nora, que nem posso ir para a minha casa. Arrumo-lhe as meias, dobro-as, descasco-lhe as batatas, faço essas coisas. O mais outra coisa não posso fazer. Dou, às vezes, umas passagens numa roupita ou assim, faço uns panitos no centro, uns pontitos nos panos. A minha vida foi a trabalhar no campo e a fazer a vida de casa. Regava, sachava, cavava terra. Semeava batatas, semeava feijões, semeava milho, regava, sachava. Era a minha vida do campo. Tinha umas ovelhitas ou umas cabras, tratava delas. Fazia o queijo. Em casa, varria e fazia a limpeza de casa. Esfregávamos com a escova, o chão. Era assim a vida.